Quem somos

Quem somos

RVPSI é uma associação científica sem fins lucrativos fundada por psicólogos interessados em compreender como a Psicologia pode integrar a Realidade Virtual no cotidiano da clínica. Partimos da ideia central que a Realidade Virtual já é uma ferramenta de grande utilidade que vem sendo utilizada em diferentes disciplinas da saúde. Entendemos que merece um olhar mais detalhado no que se refere à Psicologia.

Nossa perspectiva de estudo e trabalho procura atender a diferentes demandas do sofrimento psíquico através de teorias que têm como base a psicodinâmica, as práticas de mindfulness e também aquelas que apresentam perspectivas de integração mente – corpo, e encontramos nas aplicações da RV um caminho a mais de intervenção. Adotamos a dimensão clínica da RV como instrumento efetivo para a elaboração de diagnósticos e intervenções clínicas diretas ou complementares a outras práticas psicoterapêuticas.

A fundação da RVPSI é fruto de nosso trabalho clínico, cuja demanda tem nos levado a buscar novos caminhos de intervenção para pacientes que não se beneficiam de um tratamento guiado por um único método. A Realidade Virtual, por seu potencial para gerar experiências transformadoras em tempo real e dentro da sala de terapia, abre para o psicólogo/a novas possibilidades em seu campo de atuação. Explorar essas possibilidades, porém, requer uma compreensão profunda das especificidades da imersão em Realidade Virtual em seus aspectos neuropsicológicos e seus efeitos sobre a experiência em primeira pessoa.

Foi a busca de compreensão do efeito psicológico da imersão em Realidade Virtual o que motivou a criação da RVPSI. A realidade Virtual é descrita na literatura recente como uma tecnologia de corporificação da experiência. Os modelos teóricos atuais para compreender a utilidade da Realidade Virtual em Psicologia vão dos modelos de aprendizagem a modelos baseados na experiência de fluxo e modelos neuropsicológicos de base probabilística. A RV, como instrumento de intervenção em saúde mental, traz em si potencial para gerar mudanças comunicacionais e no fato de que a Realidade Virtual compartilha com o cérebro um mesmo mecanismo básico: a geração de simulações corporificadas. Seria essa uma possível via para compreender como a Realidade Virtual, através da exposição protegida ou deslocamento de contexto, permite revisitar o ambiente ou situação geradora de conflito para sua ressignificação?

Buscamos nas interações comunicativas um caminho para levar a cabo o diálogo entre RV e a Psicologia. A investigação sobre os usos terapêuticos da Realidade Virtual já aponta benefícios em pacientes com dor crônica, fobias, psicoses, transtornos de conduta alimentar e regulação de atenção. O uso clínico pelo psicólogo/a habilitado deverá pautar-se por estudos clínicos e critérios de eficácia para a interpretação da literatura publicada. Este é um caminho em aberto, por isso, a informação sobre modelos para boas práticas em investigação e critérios para a interpretação crítica da literatura é um de nossos focos de trabalho na Sociedade Espanhola de Realidade Virtual e Psicologia.

As portas da RVPSI estão abertas para que você faça essa imersão com a gente!